Agruparam-se então em quadros explicativos, conceitos e técnicas de improvisação, sempre exemplificadas com excertos de solos de Ornelas. Tendo como referencial teórico Benson (2003), Nettl (1974, 1998), Bailey (1992), Berliner (1994) e Berkowitz (2010), foi estudado o conceito de improvisação e de sua relação com a composição. Com o corpus dos improvisos estruturado, foram elencadas características da improvisação de Ornelas, nos permitindo buscar semelhanças e diferenças com sua obra de câmara. Após a transcrição de trinta deles, foram analisados três solos que representam fases distintas. Em seguida procedemos ao levantamento de todos os improvisos de Nivaldo em sua discografia autoral. A partir de textos de filósofos e musicólogos como Sloboda (2007), Bowen (2010) Abdo (2000) e Cook (2006), confirmou-se a possibilidade de múltiplas interpretações válidas e coerentes. Foi feita uma análise musical e uma análise comparativa de seis interpretações do Noturno para flauta e piano, sua primeira peça erudita, por seis duos de diferentes escolas interpretativas. A dificuldade encontrada para a definição destes termos se deve à sua abrangência e contradições decorridas em seu percurso histórico. Como sua obra transita no ambiente da música popular e no da música erudita, fez-se uma revisão bibliográfica desta relação dicotômica. RESUMO O objetivo desta tese foi investigar a música improvisada, a música de câmara de Nivaldo Ornelas e sua interpretação.
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